sexta-feira, maio 17, 2024
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Chega de Bíblia

Temos observado um distanciamento cada vez maior entre a igreja de Cristo e a Bíblia Sagrada. Temos ouvido mensagens que parecem nos dizer “chega de Bíblia”, pois há texto, mas não contexto, não há aprofundamento e nem aplicação. Há uma banalização do sagrado em nome da novidade, do diferente, são cultos especiais, congressos, festivais e tanto mais sem Bíblias, com palestras motivacionais e sem pregação bíblica, na verdade deixando uma mensagem bem clara: “chega de Bíblia”!

Alguns cânticos parecem composições de pessoas incrédulas querendo fazer-nos voltar às praticas do Antigo Testamento como se o Novo não existisse, mostrando total falta de conhecimento das Escrituras, como que a nos dizer realmente “chega de Bíblia”. É triste ver “ministradores” nos momentos dos cânticos ensejarem “pregações” com citações espúrias mostrando analfabetismo bíblico. Orações bisonhas têm sido feitas em nome da liberdade de expressão com nítida clareza que não há Bíblia na vida daquele que está orando.

Dentro da filosofia do “chega de Bíblia” há uma prisão, pois, faz pessoas reféns do secularismo, relativismo e humanismo e então, os valores já não são mais eternos, não mais dirigidos pela fé. A consequência vê-se num distanciamento cada vez maior dos propósitos de Deus revelados em sua Palavra com “adoradores” desconexos em sua prestação de culto a Deus, tanto na liderança da igreja de Cristo, como na pregação, no ensino, na música, por fim, o todo sai prejudicado. A igreja continua sendo igreja, mas não igreja de Cristo.

Desta forma, os que estão na liderança, assim como todo povo de Deus, devem ter vida de oração acentuada e cultivar uma vida de leitura bíblica, estudo e meditação da mesma. A decisão dos apóstolos foi clara e balizadora para nós hoje: dedicação à oração e à Palavra (Atos 6). Não dá para encenar vida cristã, ou ela é real, ou simplesmente inexistente. Os homens aceitam teatro espiritual, o Senhor o rejeita.

Ao completarmos 495 anos da Reforma Protestante, precisamos rever nossos valores e conceitos de cristianismo, pois um dos pilares da Reforma foi: sola scriptura.

Devemos como igreja incentivar a leitura da Bíblia nos lares. Devemos rejeitar toda falácia em mensagens, cânticos e lições “bíblicas” sem Bíblia.

Um bom exemplo vem da irmã Adelina Souza dos Santos que com seus 92 anos em 2011 já havia lido a Bíblia 213 vezes. Adelina diz: “Cada vez que leio, sinto-me aproximar mais de Deus. Tenho o conhecimento do
poder divino e de sua misericórdia com as pessoas”. Sua meta é ler a Bíblia 215 vezes. (citação da Revista A Bíblia no Brasil – nº 232 Julho a Setembro de 2011 – Ano 64).

Que sigamos este exemplo. Que cultivemos a devocional pessoal e assim, cresceremos no “… conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém” (2 Ped. 3.18).

(*) Josué Josué Pereira Brum
Pastor da IB Boa Fortuna, Itaperuna, RJ

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